Outro dia li uma pesquisa feita pelo The Knot - marca digital líder no mercado americano - e só confirmei o que já vejo no mercado de casamentos aqui no Brasil: as pessoas estão cada vez mais oferecendo uma experiência memorável para si próprios e seus convidados, dispensando os velhos costumes e optando pela “uniqueness” - bandeira forte das novas gerações (prometi escrever esta coluna toda sem usar “personalizado” porque tenho ranço de jargão corporativo)
De acordo com o estudo, os casamentos chamados formais/tradicionais diminuíram 30% nos últimos 10 anos. Isso é coisa pra caramba, minha gente! O custo por convidado aumentou mas o número de convites diminuiu bastante. São os chamados mini weddings. E porque isso? Simples! Os casais estão cada vez mais interessados em refletir suas escolhas e personalidades no casamento e convidar apenas quem realmente importa. Mas não medem esforços (e gastos) pra criar uma experiência inesquecível para este grupo seleto com ideias não-convencionais e que tragam singularidade para a festa. O casamento deixou de ser “mais um evento com bebida e comida liberada” na agenda do celular. Agora você celebra a felicidade e história de amor dos seus familiares e amigos reais-oficiais vivendo um momento único, diferente, emocionante e o mais importante: com a impressão digital dos anfitriões.
Isso também se deve ao fato de que, cada vez mais, os casais estão escolhendo casar mais tarde e pagando pelos seus casamentos e com isso, decidindo exatamente como querem sua celebração. Assim, os pais saem do papel de decisores para o que eu chamo carinhosamente de convidados-especiais-opinativos. Mas quem bate o martelo é a dupla casante! Aliás, isso é bem sintomático do jeito millennial de ser e pensar, né? Nós (sim, eu me incluo aqui pq sou filha dos anos 80), estamos sempre conectados, somos questionadores, priorizamos a experiência em relação à posse e somos embaixadores da singularidade.
Bom, parece que os dias de black tie ao som de valsas no salão oval embaixo de lustres de cristal usando o modelo do vestido da duquesa andam em baixa. Mas a verdade é que, apesar de adorar e aprovar essa tendência (até porque a minha categoria cresceu por conta dela) e achar que um casamento que represente você faz muito mais sentido do que um copy-paste da velha escola só porque um-dia-alguém-disse-que-era-assim, também acredito que há espaço para TODOS os gostos modelos e formatos. Inclusive para a tradicão, porque não?
Porque eu acredito em AUTENTICIDADE acima de tudo.
Enfim, nós millennials somos os futuros velhos, a manivela inclemente do tempo gira e em breve a geração Z estará ditando as cartas na nossa e em todas as outras indústrias vivas. Mas uma coisa nunca mudará: a irrefreável necessidade de sermos NÓS MESMOS. Então, se liga: seja tradição ou inovação, seja velha ou nova, seja antiga ou disruptiva, mas seja VOCÊ…...porque todas as outras mentes e personalidades já estão tomadas.
_____________________________________________
O Atelier do Sim é foi criado pela jornalista, publicitária e escritora Maria Paula Zommer como um espaço de dedicação e entrega completa ao melhor ofício de todos: celebrar o amor das pessoas. Com um talento único para contar histórias de amor de forma leve, divertida e emocionante, a celebrante Maria Paula traduz sentimentos em palavras de maneira autêntica e intimista e transforma a cerimônia, muitas vezes conhecida como a parte mais maçante do casamento, no ponto alto da celebração.
Maria Paula tem um estilo particular e a vocação de transformar o dia mais importante da sua vida num momento inesquecível e na melhor memória afetiva de forma original e cheia de criatividade e afeto. Cada cerimônia conta uma história linda, engraçada, curiosa, poética, mas sempre diferente. Afinal, ela reflete de forma absolutamente personalizada a jornada, história, sentimento e personalidade do casal e do seu universo particular. Porque no final das contas, o que importa é viver de dizer SIM para o amor.